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01/11 Novembro: mês de reflexão sobre a vida
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Vamos chegando ao final de mais um ano e este mês nos leva a refletir sobre Finados e a Morte, a Proclamação da República, o Dia da Consciência Negra, a Festa de Cristo Rei, o Dia do Pobre, o encerramento do Ano Litúrgico, e finalmente, neste mês, tenho a graça de celebrar o dom da minha vida. Louvado seja Deus!

Iremos, nesta oportunidade, refletir sobre Finados/Morte e o Dia da Consciência Negra. Acredito que todos sentem a saudade de alguém que já morreu e sabe o quanto somos limitados, pois com a morte acabam nossos sonhos e ficamos sem ação. Quantas pessoas já passaram por nossa vida e delas recordamos com carinho! Parentes e amigos, conhecidos e desconhecidos. O Dia de Finados é o dia da recordação e da saudade para muitos e para outros é um dia sem significado, pois não gostam de pensar que a morte chegará e preferem ignorá-la.

Trago-lhes uma reflexão de Santo Agostinho: “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Deem-me o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Por que eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho…Você, que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.”

O Dia da Consciência serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura brasileira.A figura que melhor representa o embate entre escravos e fazendeiros é Zumbi dos Palmares. O espaço de acolhimento de escravos fugitivos que sofriam arduamente pelas mãos dos fazendeiros – que hoje equivale à Serra da Barriga, em Alagoas – recebeu o nome de Quilombo do Palmares. O local chegou a abrigar 20 mil pessoas e Zumbi era o líder que simbolizava a resistência dos negros escravizados.

Dentre as conquistas ao longo do tempo, as mais famosas foram três leis que defenderam os direitos dessa minoria. A Lei do Ventre Livre, em 1871, concedeu liberdade para os filhos dos escravos nascidos após essa lei entrar em vigor; a Lei dos Sexagenários concedeu, em 1885, liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade e a Lei Áurea, assinada por Princesa Isabel, estabeleceu a liberdade definitiva.

O Monge Marcelo Barros assim se posiciona: “Mais do que nunca, em tempos de intolerância e discriminações, torna-se fundamental celebrar o 20 de novembro como dia da união e consciência negra. A discriminação social e o racismo não fazem bem a ninguém e não ajudam a criar um mundo mais justo e feliz. Ao contrário, trazem dor e violência tanto para as vítimas da injustiça, quanto para os que a praticam e ainda para os que com esse tipo de prática são coniventes”.
Ainda hoje, infelizmente, muitos negros continuam sendo escravizados, discriminados e injustiçados. O racismo se apresenta de forma velada.

Vivemos tempos difíceis em que aumenta a violência contra todos, mas de modo especial, contra os Afrodescendentes. “Celebrar o Dia da Consciência Negra é conclamar a Igreja e a sociedade para abrir os olhos e o coração para que diminuam as injustiças, o preconceito, a discriminação, a pobreza e a violência”.

Peço a sua oração para que eu tenha a sabedoria!

Muitas bênçãos de Deus! Que N. S. Aparecida e São Geraldo intercedam por todos nós!

Pe. Hideraldo Veríssimo Vieira
Pároco

Pe. Sérgio Henrique Gonçalves
Vigário Paroquial