A Eucaristia é o grande sacramento da Igreja, porque é o próprio Cristo presente na hóstia consagrada. É o sacramento da sua presença permanente no meio de nós, a fim de nunca nos deixar sós, fracos ou famintos. Sobre a importância da eucaristia na nossa caminhada bem nos explicou o nosso saudoso e santo Papa João Paulo II: “a Eucaristia é ápice de toda a nossa vida cristã porque levamos todas as nossas orações e boas obras, alegrias e sofrimentos, e estas modestas ofertas são unidas à oblação perfeita de Cristo e, assim são plenamente santificadas e elevadas até Deus num culto perfeitamente agradável, que nos introduz na intimidade divina”.
Dessa forma, podemos dizer que a Eucaristia é o nosso ‘tesouro’, pois o Corpo de Jesus no véu do sacramento é a riqueza da Igreja, mas também armazena todas as demais riquezas, e para tanto o Catecismo da Igreja Católica afirma que é “fonte e cume de toda a vida cristã”, e todos os demais “sacramentos, os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado são e estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam”. Dessa forma, “na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (CIC § 1324).
“Fazei isto em memória de Mim” (1 Cor 11, 24-25). Com esse mandato de Nosso Senhor, a Eucaristia foi instituída na última ceia “para perpetuar pelo decorrer dos séculos, o sacrifício da cruz”, e por isso é chamada de o “Memorial da Paixão”. Por tudo isso, podemos dizer que a Eucaristia é a comunhão de Deus com seu povo, é a nossa aliança com Ele, a forma mais concreta de sermos íntimos à Ele e sermos gratos pois Ele Se entregou “para a vida do mundo” (Jo 6, 51).
Diante deste tesouro insondável, cabe-nos recordar que o culto de adoração à Eucaristia é prestado não só “durante a missa, mas também fora da sua celebração”, e para tanto nos é necessário buscar o Senhor no sacrário e também nas procissões para que também estejamos com Ele.