Hoje, 27 de maio, a Igreja celebra a memória de Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja. Muito popular não somente entre os cristãos, Santo Agostinho é conhecido por sua forte história de conversão. Depois de uma juventude perturbada, tanto intelectualmente quer moralmente, Agostinho aderiu a fé católica, recebeu os sacramentos e passou a viver virtuosamente.

Como bispo, imitou o bom pastor e deu a vida pelas ovelhas, na aplicação de uma sólida formação cristã por meio de numerosos sermões e escritos, dentre os quais combateu fortemente as heresias e anunciou a riqueza da fé católica. Seu legado mudou o rumo da história e da teologia católica, e influenciou até mesmo outros doutores da Igreja, inclusive Santo Tomás de Aquino.

Entretanto, todo esse impacto só é possível porque Santo Agostinho é antes um exemplo de conversão e de busca pela verdade, uma empreitada ardorosa que ele relatou no livro das Confissões. Nele Santo Agostinho parafraseando um filósofo neoplatônico, nos diz que no itinerário rumo a conversão, o homem sai de uma região de dessemelhança de Deus e das lonjuras da verdade.

Dessa forma, entende-se que para haver verdadeira conversão é preciso abandonar a mentira de maneira integral. Acerca disso, Santo Agostinho diz “nenhum homem bom deve mentir” e “quem mente é assassino de si mesmo”. Nestes tempos de relativismo moral e das consequentes fake news, nós cristãos precisamos “remar contra a maré”.

Tiremos de nosso vocabulário a palavra “mentirinha” ou “mentira branca”, e em nenhuma hipótese nos filiemos ao pai da mentira. Não podemos subestimar a justiça divina sob falso pretexto de confiar na misericórdia e levar a vida com falsos testemunhos e inverdades para exercer lideranças ou em nome do amor próprio. Mais desastroso que qualquer vírus ou bactéria é a mentira na alma, pois ela impede a amizade com Deus e põe em risco a salvação.

Que Santo Agostinho interceda por nós, para que busquemos a verdade e por ela pautemos nossas vidas.