Hoje, 16 de julho, celebramos a Flor do Carmelo, vinha florida, esplendor do céu: Nossa Senhora do Carmo. A origem desta devoção nos transporta ao Monte Carmelo na Palestina, nove séculos antes do nascimento de Maria Santíssima, num período de seca e desolação. Nesta ocasião, Elias, o primeiro profeta de Israel, teve uma visão de uma pequena nuvem acima do mar. Esta sinalizou para ele que viria uma grande chuva, que de fato veio e salvou Israel da terrível seca (cf. I Rs 18,20-45).
Diante desse relato, grandes santos, e consequentemente toda a Igreja, interpretaram essa passagem da Escritura como uma prefiguração e primeiro sinal da presença de Nossa Senhora entre os homens, pois através de seu sim, “choveu sobre a humanidade”, e a vinda do Salvador trouxe fertilidade ao que antes era árido.
Por essa experiência de fé, já no primeiro século alguns eremitas se estabeleceram no Monte Carmelo para se dedicarem à oração e à penitência, mas devido a perseguição aos cristãos na Terra Santa, no século XIII eles migraram para a Inglaterra onde se juntaram à outro grande eremita, São Simão Stock, que posteriormente se tornou Superior Geral da Ordem dos Carmelitas, a quem a Virgem Maria apareceu e entregou o escapulário que passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.
Devido ao pedido da Mãe, vários Papas promoveram o uso do escapulário como forma de devoção a Nossa Senhora do Carmo. Conforme o Concílio Vaticano II, o escapulário é um sacramental, ou seja, um sinal sagrado, que por sua vez não deve ser usado como espécie de amuleto ou objeto que “dá sorte”.
Neste dia, peçamos a intercessão de Nossa Senhora do Carmo, para que independente de toda sorte de adversidades, que por meio da obediência e da vida de oração, nossos corações sejam campos férteis, onde a semente da Palavra produza muitos frutos.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!