Setembro é tradicionalmente conhecido como o “Mês da Bíblia”. Tal definição nos remete à memória celebrada no dia 30 deste mês, a de São Jerônimo, santo do século IV que a pedido do Papa São Dâmaso I, traduziu os textos originais da Bíblia, no hebraico e grego, para o latim, trabalho que demorou 35 anos para ser concluído.
A motivação para tanto empenho e sacrifício era de que “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. Dessa forma, tornar a Sagrada Escritura acessível aos povos, era possibilitar que conhecessem a Deus, pois de fato a Bíblia é a revelação de Deus para nós.
Acerca dela, nos disse São Paulo: “toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para corrigir, para instruir na justiça: para que o homem de Deus seja perfeito, experimentado em todas as obras boas” (Tm 3, 7-17). Sua utilidade é imensurável, pois o homem que se configura às Escrituras e que coloca em prática os ensinamentos divinos, este é sem dúvida, um indivíduo melhor para a sociedade.
Neste dia, há que se pensar: onde estaria a humanidade, se o Papa não tivesse pedido a tradução da Bíblia à São Jerônimo, ou se este tivesse negado esta missão? Como seria a humanidade, sem os princípios e modelos deste livro sagrado?
Na falta dela, identificamos quanto a Bíblia é de fato sagrada, e o quanto ela é importante. Neste mês somos convidados à uma revisão da nossa intimidade com a Bíblia, como nos relacionamos com a Palavra de Deus? Famintos de suas verdades ou insensíveis e indiferentes?
Que possamos buscar sempre mais a leitura orante da Sagrada Escritura, para que sejamos orientados pelas verdades eternas que ela contém, afinal “a Palavra de Deus é lâmpada para nossos pés e luz para o nosso caminho” (Sl 119, 105).