Sem dúvidas, hoje é um dia muito especial, porque fazemos memória do nascimento do Menino Jesus, evento que para além de ser um marco histórico, revela o mistério da nossa salvação.
Sobre esse dia São João nos disse que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14) e São Pedro justificou que essa ação foi para “tornar-nos participantes da vida divina” (2Pe 1,4). Ou seja, Deus nos ama tanto que assumiu a nossa humanidade para estar no meio de nós e dar um sentido divino às nossas vidas comuns.
Portanto, hoje, muito mais do que ser um dia festivo, é um dia que nos convida à contemplação do amor de Deus, que não só nos ama, mas também quer nos ensinar a amar, e com o Deus Menino envolto em faixas encontramos muitas lições, inclusive sobre humildade, pois Ele sendo o Rei dos Reis não se prevaleceu de seus direitos e poderes, nem buscou por privilégios.
Sobretudo, ao contemplar Jesus bebezinho, realmente entendemos o que o grande escritor C.S. Lewis quis dizer quando afirmou que “amar é ser vulnerável”. Na manjedoura Deus estava vulnerável, mas mesmo sujeito à rejeição dos homens, Ele se encarnou.
Foi amado por uns, recusado por outros, e nos comove pensar, que ainda hoje, Ele continua à disposição e exposto à nossa indiferença. Seu amor por nós é fiel, pessoal, incondicional, desmedido e eterno. Por isso, o amor de Deus é a única verdade que tem o poder de sossegar e saciar os corações inquietos e insatisfeitos. Portanto, “busquemos o Senhor enquanto Ele se deixa encontrar” (Is 55,6), busquemo-lo na manjedoura.
Como a personagem do filme o Natal de Ângela, aqueçamos o Menino Jesus com o nosso amor, façamos companhia para Ele, pois assim viveram os santos. Era assim que Santa Teresinha, São Geraldo, São Francisco e muitos outros se relacionaram com Jesus, com total atenção à Ele.
Que neste Natal, como São José e a Virgem Maria, acolhamos com reverência e alegria, o Cristo que nasceu para nós, e unidos aos anjos digamos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”.