Hoje, 23 de maio, 50 dias após a Ressurreição de Nosso Senhor, celebramos a Solenidade de Pentecostes, festa que Santo Agostinho denominava de “o coroamento da Páscoa”. Neste dia, a Igreja nos recorda que após subir aos céus, Jesus enviou o Espírito Santo aos seus, como prometera (Lc 24,29).

Acerca desse dia, o livro dos Atos do Apóstolos (At 2,1-11), nos conta que os apóstolos estavam reunidos no Cenáculo quando de repente veio do céu um ruído, um vento impetuoso que encheu toda a casa, pousaram sobre eles uma espécie de línguas de fogo e todos ficaram todos cheios do Espírito Santo.

Dessa experiência, veio à tona, a Terceira Pessoa da Trindade, sempre presente e manifestada de várias formas. O Espírito Santo, no caos inicial deu forma a todas coisas, em seguida, falou pelos profetas, iluminou o caminho do povo de Deus, preparou João Batista e Nossa Senhora, conduziu Jesus no deserto, e foi derramado sobre os apóstolos conferindo-lhes as graças necessárias para a Igreja nascente, e com a mesma potência age em nós até os dias de hoje.

Desta Sua ação, nos diz o Catecismo da Igreja Católica citando
São Basílio Magno: “Pela comunhão com Ele, o Espírito Santo torna-nos espirituais, recoloca-nos no paraíso, reconduz-nos ao Reino dos céus e à adoção filial, dá-nos a confiança de chamar Pai a Deus e de participar na graça de Cristo, de ser chamados filhos da luz e de tomar parte na glória eterna”. Por isso, a Igreja crê o Espírito Santo é indispensável para o testemunho cristão, e que “ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor senão pela sua ação” (1Cor 12,3).

Portanto, tomemos consciência que precisamos do Espírito Santo para sermos testemunhas corajosas e alegres do Cristo Ressuscitado, mas a exemplo de discípulos que não se afastaram de Jerusalém, como Jesus lhes pedira, também precisamos ser obedientes à vontade de Deus, para vivenciarmos as graças reservadas a nós.

Rezemos: “Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor”.