Hoje, 3 de junho, celebramos a Solenidade de Corpus Christi. Instituída em 1264, pelo então Papa Urbano IV, esta Festa é uma ocasião onde os fiéis são convocados a testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia.

Entretanto, é preciso dizer que esta determinação do Papa Urbano IV foi influenciada por dois eventos anteriores muito significativos. Primeiro, em 1209, Santa Juliana de Liège, religiosa agostiniana belga, teve algumas visões nas quais Nosso Senhor Jesus pediu a instituição de uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Anos depois, ela confidenciou as visões a seu bispo que instituiu a Solenidade do Corpus Christi na sua Diocese.

Nessa época, providencialmente, fazia parte da Diocese, o diácono Tiago Pantaleão de Troyes, que trinta e um anos depois, em 1264, foi eleito Papa (Urbano IV) e instituiu a Solenidade do Corpus Christi como festa de preceito para a Igreja universal. Posteriormente, outro fato que influenciou fortemente o Papa, foi o milagre eucarístico de Bolsena em 1263, quando um sacerdote duvidou da presença real de Jesus na Eucaristia ao partir a Sagrada Hóstia na celebração eucarística, ela verteu sangue que encharcou o corporal diante de muitas testemunhas.

Com isso, o Papa estabeleceu que a festa do Corpus Christi se estendesse por toda a Igreja, a fixou para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes, e outorgou indulgências para aqueles que participarem da Santa Missa nesse dia e convidou a todos a prestar um culto público de adoração.

Contudo, pelo segundo ano consecutivo, devido a pandemia, nos encontramos limitados na realização da procissão de Corpus Christi, mas isso não pode ser um empecilho para manifestarmos nossa fé neste sacramento que contém “todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (CIC § 1324).

Vivamos este dia com especial piedade, peçamos ao Senhor que inflame nossos corações de zelo eucarístico a fim de O amarmos com mais dignidade.