Celebramos hoje, 6 de agosto, a Festa da Transfiguração do Senhor, e nesta ocasião, somos convidados a contemplar este belíssimo episódio da vida de Jesus, que é narrado por Mateus, Marcos e Lucas.

Segundo os evangelistas, 40 dias antes da Sua crucificação, Jesus convidou três de seus apóstolos, Pedro, Tiago e João, subiu com eles ao Monte Tabor, e ali se transfigurou, se tornou luminoso, resplandecente, diante deles. Extasiados com a glória que envolvia o Cristo, visualizaram também Moisés e Elias, e escutaram de uma nuvem, a voz de Deus Pai que dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!”.

Acerca deste acontecimento, o Catecismo da Igreja Católica nos diz que “a transfiguração nos dá um antegozo da vinda gloriosa de Cristo, que transfigurará o nosso corpo miserável para o conformar com o seu corpo glorioso” (§556).

Nesse aspecto, o monge beneditino Remígio de Auxerre, explana: “O Senhor, para manifestar a Seus discípulos a glória de Seu brilho, os leva ao monte. Por isso segue: e levou-os aparte a um alto monte. Nisto o Senhor nos mostra que é preciso, para todo aquele que deseja contemplar a Deus, não jazer nos prazeres baixos, senão elevar sua alma às coisas celestiais mediante o amor das coisas superiores. Também mostrou a Seus discípulos que não devem buscar a glória de seu brilho divino nas regiões baixas do mundo, porém no reino de beatitude celestial”.

Portanto, que diante da memória deste dia glorioso, onde também nós, somos convidados a subir ao monte, e dedicarmo-nos ainda mais à oração e à meditação, que decidamos por uma vida que tenha como meta a união com o Senhor aqui nesta terra, e um dia, na glória permanente. Para isso, peçamos a Ele que nos conceda as graças necessárias para que vivamos aqui com o coração nas coisas do alto (Cl 3, 1).