Conforme nos ensina a Sagrada Escritura, os anjos desempenham um papel indispensável na história da salvação, pois devido ao ofício que desempenham manifestam a vontade de Deus aos homens, o que traduz bem a palavra “anjo” que significa mensageiro. Ou seja, “anjo” indica o ofício, não a natureza. Portanto, da atuação dos anjos, os relatos bíblicos citam a intervenção deles ao não permitir o mal, ao informar a vontade de Deus, bem como no discernimento dela, ao anunciar nascimentos e vocações importantes, dentre outras ações.
Os anjos são amigos que estão conosco em nossos combates do dia a dia e nos ajudam, independente da circunstância onde estejamos, pois segundo o Catecismo da Igreja Católica (§330), por serem criaturas pessoais, dotadas de inteligência e vontade; imortais, puramente espirituais, os anjos superam em perfeição as criaturas visíveis.
Para bem desempenharem estas missões junto à humanidade, os anjos foram distintos em uma hierarquia, dividida em 9 coros. Sobre esta classificação, podemos conferir nos seguintes registros bíblicos: os Serafins (cf. Is 6), Querubins (cf. Gn 3,24; Ex 25,22; Ez 10,1-20), Tronos, Dominações, Potestades e Principados (cf. Cl 1,16), Virtudes (cf. Ef 1,21), Arcanjos (cf. 1 Ts 4,15-16; Judas 9) e os anjos que cuidam dos indivíduos (cf. Tb 5; Sl 90,11; Dn 3,49s; Mt 18,10).
Assim sendo, Arcanjo é uma das designações angélicas. Segundo Santo Tomás de Aquino “denominam-se Arcanjos os que são como príncipes dos anjos”, e sobre sua função acrescentou o Papa São Gregório Magno, “são os que levam as maiores notícias”. Representam aqueles que atendem ao trono de Deus e são os “mensageiros dos decretos divinos” aqui na terra. A respeito dos seus nomes são reconhecidos pela Igreja apenas os que são mencionados nas Sagradas Escrituras: Miguel, Rafael e Gabriel.