Hoje, 19 de setembro, a Igreja celebra a memória de São Januário (São Genaro) que viveu no século III, na cidade de Nápoles na Itália. De sua vida, o que é mais conhecido é o que se segue após sua sagração episcopal, época de uma terrível perseguição aos cristãos.
Certo dia, ao se dirigir à prisão para visitar os cristãos detidos, o Bispo Januário foi capturado e juntamente com mais alguns membros do clero, foram condenados à morte num circo. Conta-se que eles foram jogados aos leões para que fossem devorados diante da vista do público, entretanto, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. Irado, o Imperador ordenou então, que eles fossem degolados ali mesmo. Conforme a tradição, alguns cristãos recolheram rapidamente o sangue do Bispo numa ampola e depositaram seu corpo na Catedral de Nápoles.
A partir daí, iniciou-se a veneração ao Sangue de São Januário, um dos mais incríveis milagres da Igreja Católica, que inclusive encucam os cientistas, pois desta época até os dias atuais, o sangue se liquefaz, ou seja, passa do estado sólido passa para o líquido, muda de cor, de volume e até de peso. Este fato, geralmente, acontece 3 vezes por ano. Nestas ocasiões, as autoridades eclesiásticas apresentam a ampola com o Sangue de São Januário à multidão que se rompe em festa.
Presente em duas liquefações, o conhecido filósofo francês Montesquieu, em 1728, afirmou: “Posso declarar que o milagre de São Januário não é fraude; os padres estão de boa fé”.
Entre os muitos milagres concedidos diante do Sangue de São Januário, destacamos o de 1631, quando os cristãos aterrorizados pela erupção do vulcão Vesúvio pediram a intercessão de São Januário e milagrosamente, as lavas pararam às portas de Nápoles, impedindo que ali acontecesse a mesma tragédia que acontecera em Pompéia.
Neste dia, nos unimos ao povo napolitano para venerar as relíquias de São Januário e para suplicar-lhe os milagres que necessitamos, principalmente, o fim da pandemia.
São Januário, rogai por nós!