Hoje, 16 de outubro, a Igreja celebra a memória daquele que São João Paulo II disse ser “um dos pequeninos em quem Deus fez resplandecer o poder da sua misericórdia”. Falamos de São Geraldo Magela.
Natural de Muro, cidade do sul da Itália, Geraldo nasceu em 1726 num lar muito religioso. Órfão de pai aos 14 anos, para ajudar a família tornou-se aprendiz na alfaiataria da cidade, onde foi muito maltratado por um dos seus patrões. Geraldo era muito contemplativo e às vezes entrava em êxtase no local de trabalho, o que irritava profundamente o seu chefe amargo.
Conta-nos seus biógrafos que certa vez, ao encontrar Geraldo em oração, este lhe deu uma bofetada no rosto e na hora o santo riu. Perguntado pelo chefe o porquê do sorriso, respondeu: “rio, porque é Jesus que me bates”. Geraldo tinha ciência que tudo que nos acontece é permissão de Deus e sendo assim, até mesmo as coisas desagradáveis, são oportunidades para alcançar a santidade.
Diante das contrariedades, ele sorria, as oferecia em penitência pelos seus pecados e pelos dos outros, e humildemente, com doçura incomparável, se apresentava a Jesus, tanto no sacrário quanto na contemplação da cruz, e à Virgem Maria, de quem foi um devoto apaixonado.
Além dessas virtudes, Geraldo também foi conhecido pelos fenômenos extraordinários que o acompanhavam, possuía o dom da bilocação, da levitação e embora não fosse padre, era capaz de ler consciências e analisar os corações, o que lhe atribuiu a fama de ser um excelente conselheiro.
Ainda em vida, arrogou-se a ele inúmeras curas, ressurreições e multiplicação de alimentos para famílias necessitadas. Sobre estes gestos portentosos de amor ao próximo, São João Paulo II disse: “O sim jubiloso e confiante à vontade divina, sustentado pela oração constante e por um acentuado espírito penitencial, traduzia-se nele [São Geraldo] numa caridade atenta às necessidades espirituais e materiais do próximo, sobretudo dos mais pobres”.
Neste dia, peçamos: São Geraldo Magela, rogai por nós!