Celebramos hoje, 2 de novembro, a Comemoração dos Fiéis Defuntos, que popularmente chamamos de Dia de Finados. Esta data é uma provocação para uma mudança de mentalidade, pois hoje não é um dia de tristeza, mas sim uma oportunidade para transformarmos nossa saudade em orações por aqueles que já se foram.

Ademais, hoje também nos é oportuno, refletir como vemos o mistério da morte, pois ao contrário de como pensavam os apóstolos e os santos, para os quais a morte não era temida, mas desejada, muitos de nós tememos, e até sofremos por antecedência, ante à nossa morte e a morte de quem amamos.

É urgente então, termos um olhar cristificado, para vermos a morte a partir da experiência do Príncipe da Vida, que passou pela morte e deu a este momento, um sentido maior: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11,25). Com esta esperança, entendemos que a morte é então, o portal da vida eterna, ou seja, a vida não é tirada, mas transformada.

Pela morte saltaremos definitivamente nos braços de Maria, abraçaremos nossos santos e contemplaremos a Deus face a face. Participaremos do Convívio dos Eleitos, onde “juntos nos alegraremos por tudo o que aqui choramos e sofremos”.

Não haverá mais discórdia, nem dores, nem inseguranças, e desculpe a redundância, mas tudo que é passageiro terá passado, e nos será dado contemplar aquilo que nesta terra, “nossos olhos não viram, nossos ouvidos não ouviram e nosso coração jamais sentiu, pois é isso que o Senhor já preparou para nós no Reino dos Céus” (1 Cor 2,9).

Ante essa passagem, cabe-nos nos empenhar no caminho de preparação para este grande dia. Muitos têm se desgastado na conquista de bens materiais, prazeres e honras, ou seja, nós temos a capacidade de nos esforçarmos, basta-nos ordenar nosso esforço para as coisas do alto.

Rezemos: Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!