Com grande alegria, celebramos hoje, 8 de dezembro, a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, festa que foi inscrita no calendário litúrgico em 28 de fevereiro de 1477, pelo Papa Sisto V. Séculos depois, em 8 de dezembro de 1854, perante os debates teológicos sobre a concepção da Virgem Maria, o Papa Pio IX definiu solenemente como dogma de fé católico que a Virgem Maria em provisão dos méritos de Cristo foi preservada de toda mancha do pecado desde a sua concepção.

Isso tendo em vista sua missão de ser a genitora do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, afinal “Pode o puro[Jesus] vir de um ser impuro? Jamais!” (Jó 14,4), portanto, a lógica do dogma é essa: Cristo sem pecado, só poderia ter nascido de uma carne sem pecado. Sendo ela, a nova “Arca da Aliança” (Cf. Dt 10, 3) também ela não deveria conhecer a corrupção. Como reza a oração do Ofício da Imaculada Conceição: “Assim Vos livrou da culpa original, de nenhum pecado há em Vós sinal”.

Neste dia, contemplemos Nossa Senhora que livre do pecado é toda de Deus, cheia de Sua graça e plena do Seu amor. Unamo-nos à aclamação universal da Imaculada Conceição de Maria, e manifestemos nossa gratidão a ela, que podendo gozar somente da presença dos anjos e santos, ansiou por estar entre seus filhos, limitados e pecadores, para nos transmitir sua santidade e nos formar à medida que Nosso Senhor Jesus foi formado n’Ela!

Aproveitemos também para louvar ao Senhor por ter nos dado Sua mãe aos pés da Cruz, uma mãe que conheceu a onipotência de Deus pois “Ele fez n’ela maravilhas”, inclusive a modelou no ventre de Ana sem a mancha do pecado original.

Rezemos: Ó Maria, concebida sem pecado original, quero amar-vos toda a vida, com ternura filial. Vosso olhar a nós volvei, vossos filhos protegei. Ó Maria, ó Maria, vossos filhos protegei!