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01/10 Notícias da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus padroeira das missões
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Providencialmente, outubro considerado como o mês missionário, se inicia com a memória da querida Patrona Universal das Missões e também Doutora da Igreja, Santa Teresinha do Menino Jesus. De sua história sabe-se que ela viveu pouco, apenas 24 anos, mas o que fez ela para merecer o título de Padroeira das Missões?

Muito mais que ter feito, ela foi. No coração da Igreja queria ser o amor, e assim o foi. Limitada como muitos de nós, com uma história de perdas familiares, dificuldades na convivência, e enfermidades, com as quais ela teve que aprender a conviver com dignidade, Teresinha conseguiu oferecer todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, pela Igreja e por amor a Jesus, atitude essa que era sua oportunidade de atirar flores à Jesus, como delicadamente dizia: “jogar flores é oferecer-Lhe os mais leves suspiros, as maiores dores, minhas tristezas e minhas alegrias, meus pequenos sacrifícios, aqui estão minhas flores”.

Sua vida foi uma grande escola, de como ser de Deus e ser missionário. Curiosamente, nunca saiu do Carmelo, mas tinha a confiança de que a oração alcançava os missionários mais distantes ou desconhecidos, pelos quais oferecia também sua vida. No seu desejo de ser pequena e irrelevante, acabou sendo um grande modelo de santidade, tanto que o Papa Pio X a chamou de “a maior entre os santos modernos”.

Sua grandeza, contraditoriamente, fruto da sua pequenez, pode ser vislumbrada no grande legado de espiritualidade dos seus escritos. Teresinha que dizia amar a simplicidade e ter horror a pretensão, registrou tudo de forma simples e às vezes com uma linguagem até mesmo infantil, mas cheia da maturidade de quem tem compromisso com Jesus, como podemos ver na sua autodescrição: “Eu sou a bolinha do menino Jesus, que Ele faça de mim o que quiser. Brinque à vontade com sua bolinha. Se me quiser atirar a um canto abandonada, serei feliz, contanto que Ele o queira”.

Carregados de lições para nós, seus textos mostraram ao mundo, a via pela qual ela íntima do Senhor, em suas anotações vê-se claramente marcas fortíssimas de humildade, como vemos na seguinte oração: “Eu vos suplico, ó meu Deus, enviar-me uma humilhação cada vez que eu tentar me elevar acima dos outros”, de confiança, ao qual ela afirmava: “Como é grande o poder da oração! Poderíamos compará-la a uma rainha, que tem sempre entrada franca junto do rei e consegue tudo o que pede”, de coragem, ao ter dito: “Não me amedronta Ter que sofrer por Vós! Escolho tudo o que Vós quiseres”, de sacrifício e entrega, ao assumir: “Às vezes custa à nossa fraqueza dar a Nosso Senhor aquilo que Ele pede. E, porque custa, é meritório e precioso o nosso sacrifício”, e de amor autêntico, ao expressar: “Viver de Amor, é dar, dar sem medida, sem reclamar na vida recompensa. Eu dou sem calcular, por estar convencida de que quem ama nunca em pagamento pensa”.

Com essa teologia tão preciosa, Teresinha marcou a história da Igreja bem como a vida de todos que tiveram a graça de serem alcançados pela “história de sua alma”. Inúmeros são os testemunhos de graças recebidas por sua intercessão, bem como seus devotos espalhados pelo mundo, que carinhosamente a reconhecem como a Santinha das rosas, e testemunham unanimemente que foram tocados por sua doçura, mas também por sua bravura.

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