A história de toda a Igreja começa com a comunidade de fé. É no grupamento de pessoas unidas ao Cristo que ela se estabelece – antes mesmo de um templo ser erguido.
A partir de Jesus, e somente através Dele e Nele, é que a igreja se tornou universal, católica, e com os desígnios de ser apostólica, mensageira.
A Igreja Nossa Senhora da Saúde deu seus primeiros passos com a instalação dos primeiros moradores na região onde hoje ela se encontra, ainda no século XIX. A pequena ermida (capela) erguida em 1813 por Bento Joaquim do Amaral e João de C. Salgado viria a se tornar, mais de um século depois, uma das mais significativas sedes de Paróquia de Itabira. A própria origem da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano passa pelas histórias da Igreja da Saúde e da Paróquia Nossa Senhora do Rosário.
Em 1823, no local onde foi erguida a primeira capela, iniciou-se a construção do que se tornaria a atual Matriz Nossa Senhora da Saúde. Em 1848 as obras foram concluídas. 170 anos depois este templo continua sendo palco de muitas histórias.
Tríduo comemorativo
Foram três dias de orações e agradecimentos.
Maria, mãe do Salvador, parece ter pousado suas mãos maternais sobre cada fiel e sobre este templo. Além da mãe da Saúde, sempre presente no altar, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima chegou à Matriz exatamente na semana escolhida para a realização do tríduo. Todos os dias dezenas de pessoas se mobilizaram para honrar Maria rezando o terço.
O “colocar-se em oração” imprime nas pessoas um enlevo próprio dos seguidores de Cristo – o que refletiu diretamente nas comemorações dos 170 anos. Durante os três dias do tríduo, os fiéis que participaram das missas acompanharam um pouco da história da Igreja – desde a construção da ermida até a instalação da paróquia.
Cada homilia reforçou a base e o fundamento da vida cristã: o anúncio da Boa Nova, o evangelizar – que deve ser para todos, em qualquer tempo, em qualquer lugar.
No último dia do tríduo, na missa de sábado, dia 03/11, a juventude conduziu os trabalhos. Foram dezenas de jovens envolvidos na construção deste processo de evangelizar que deve ser diário. A representatividade do povo de Deus foi lembrada em cada bandeira conduzida em procissão. O gesto mostra quão importante é se sentir parte de um todo, desta unicidade que a Igreja Católica promove no mundo. Somos todos um só povo unidos por laços invisíveis – obra direta do Espírito Santo em nossa caminhada.
Na missa de encerramento, domingo, dia 04/11, as pastorais e movimentos foram lembradas – afinal, desde o princípio desta Igreja lá estavam os leigos. E, talvez, como sinal ou um beliscão suave de um Pai amoroso, quis o Senhor que o Evangelho desta noite de comemorações fosse o das bem-aventuranças. Aquele em que Jesus consola os aflitos e alerta os soberbos.
A Igreja é a união daquilo mesmo que cada fiel é e carrega em si: com seus acertos e erros, com suas dúvidas e certezas, com suas esperanças e desesperanças, com sua fidelidade e infidelidade, com sua sabedoria ou sua imaturidade. A Igreja é a comunhão de muitos pensares diferentes, alguns mais ousados, outros mais medrosos, alguns mais firmes, outros mais suaves. A Igreja “é pessoal” porque sua centralidade está na figura de uma única pessoa: Jesus Cristo.
Então, todos que dela fazem parte já carregam dentro de si o que torna possível a comunhão nas diferenças: que é o amor ao Cristo. A busca por uma intimidade cada vez maior com Jesus e com seus ensinamentos é o que possibilita a existência da igreja ao longo dos séculos.
Chegamos aos 170 anos e a única certeza que temos é de que ainda há muita estrada para percorrer em nome de Jesus e sempre para a glória de Deus.
Fotos dos três dias do tríduo comemorativo e da Missa de encerramento estão disponíveis na página da Paróquia Nossa Senhora da Saúde no facebook: https://www.facebook.com/pnssitabira/
Assessoria de Comunicação