Este mês vamos terminar a conversa sobre as consideradas cinco maiores leis do mundo, examinando a quinta lei. Ela é chamada Lei das Malvinas – “Quando você não precisa tomar uma decisão, então não tome uma decisão.”
Em primeiro lugar, devemos ter em mente que tomar uma decisão é dar resposta à questão que se apresenta diante de nós. Se a questão não se apresenta, qual a razão de se tomar a decisão?
A chave aqui está em ‘quando a questão se apresenta’. Esta lei diz que a decisão deve ser tomada quando a questão se apresenta, quando é preciso.
Existem pessoas precipitadas, pois a questão ainda não exige decisão e elas já querem decidir. Tais pessoas não agem com sabedoria, pois o contexto pode mudar e, não devemos nos esquecer, toda decisão tem consequências e tais pessoas podem não estar preparadas para arcar com elas. Além disto, toda decisão muda, no mínimo um pouco, o rumo da vida delas e das pessoas ao redor.
Existem pessoas morosas, que ‘vão empurrando com a barriga’ e não tomam a decisão no tempo apropriado, devido. Elas também não agem com sabedoria, pois sofrem as consequências da morosidade; isto é, poderiam não estar sofrendo se tivessem tomado a decisão quando a questão se apresentou. Quanto mais tempo passa, sem que a decisão seja tomada, mais sofrem.
Mas, vamos falar do que diz a lei. Muitas vezes, a precipitação é inimiga da sabedoria. Em Eclesiastes (3,1), lemos: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.” Saber esperar pelo momento ideal para agir é um exercício de fé e prudência. Precisamos confiar na orientação divina, pois Ele tem o tempo perfeito para todas as coisas. Decisões apressadas podem levar a erros, enquanto a paciência em buscar a direção do Senhor nos guia à escolha correta. Querer tomar as rédeas nas próprias mãos é arriscado, é depender da sorte, do acaso. E, na maioria das vezes, as pessoas tomam a decisão errada.
Em Salmos (37,7), também há o convite: “Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência.” Isso nos mostra que, em momentos de dúvida, o ideal é colocar nossas preocupações nas mãos de Deus e esperar por Sua resposta. Saber quando não agir faz parte do discernimento cristão, pois descansar no Senhor é confiar plenamente no seu plano e evitar agir com base na ansiedade ou na pressão do momento.
Na vida espiritual, essa lei é um reflexo de como devemos aprender a confiar no tempo de Deus. Muitas vezes, somos tentados a agir de forma precipitada quando enfrentamos desafios ou somos pressionados. No entanto, a Bíblia ensina o valor da paciência e da espera. Em Salmos (27,14), o salmista nos lembra: “Espere no Senhor. Seja forte, coragem! Espere no Senhor.” Saber esperar por Deus é um ato de fé que nos molda espiritualmente. Quando aprendemos a não tomar decisões impulsivas, damos espaço para que Deus nos mostre Sua vontade. Isso se aplica especialmente a grandes escolhas, como vocação, relacionamentos ou mudanças de vida. Em Provérbios (21,5), lemos: “Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria.” Espiritualmente, essa lei nos desafia a abandonar o orgulho e a confiar na sabedoria divina.
Vamos ver um exemplo prático. Camila está sendo pressionada a escolher imediatamente um curso universitário, mas sente que ainda não está pronta para decidir. Em vez de agir precipitadamente, ela busca orientação divina e conversa com mentores de sua comunidade. Nessa espera, ela descobre novas oportunidades de estudo que não havia considerado antes. Isso exemplifica a sabedoria de Provérbios (19,2): “Não é bom agir sem refletir, e o que se apressa com seus pés erra o caminho.”
Concluindo nossa reflexão sobre as consideradas ‘cinco maiores leis do mundo’, podemos inferir que, em tudo, a presença de Deus em nossas vidas e a nossa escuta de Suas orientações e instruções são essenciais, em todas as áreas, para que sejamos felizes na condução de nossas vidas. Sozinhos, isolados de Deus, ninguém é capaz.
No próximo número deste nosso informativo, conversamos mais, agora sobre outros assuntos. Até lá!!
Pe. Aloísio Vieira