Grande exemplo de decisão e ruptura com a vida velha é o santo que celebramos hoje, Santo Agostinho de Hipona. Nascido em Tagaste na África, em 354, Agostinho foi educado na fé católica por sua piedosa mãe Mônica, a quem celebramos ontem, mas infelizmente, no decurso da vida se entregou as paixões, e sendo ele de grande capacidade intelectual, buscou respostas em muitas correntes filosóficas.

Pela providência divina, ao ir estudar em Roma, teve oportunidade de ouvir os sermões de Santo Ambrósio, bispo de Milão, onde começou a ser incomodado pela Sagrada Escritura. Certo dia, escutou uma voz que lhe disse: “Toma e lê”. Ao abrir a Palavra de Deus, se deparou com a seguinte ordem: “…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo… não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências” (Rm 13, 13s). Impactado pela palavra, abandonou os maus hábitos, se aprofundou na fé e espiritualidade, portas que o conduziram ao sacerdócio seguido do episcopado.

Acerca dessa radical mudança de vida, conta-se que certa vez, estava ele a caminhar, quando uma mulher com quem ele tinha se relacionado, o gritou e ironizou: “Agostinho, não lembra de mim? Eu sou aquela”. A esta provocação, o santo respondeu: “Sim, mas eu não sou mais aquele”.

Determinado pelo reino dos céus, passou o resto de sua vida aqui na terra, dedicado às obras de caridade e de evangelização, pela qual escreveu mais de 100 obras, que lhe renderam o título de “doutor da Igreja”. Em seu apostolado dedicou-se também no combate às heresias, inclusive o maniqueísmo, a qual fizera parte.
Faleceu aos 72 anos, em odor de santidade, deixando para nós luzes que influenciam além dos limites da Igreja. Peçamos sua intercessão neste dia, para que também nós respondamos com decisão e coragem à proposta da santidade. Santo Agostinho, rogai por nós!