A terça-feira santa (16) foi marcada por muita devoção na procissão luminosa de Nossa Senhora das Dores. Durante a caminhada os fiéis rezaram e entoaram cânticos de agradecimentos e também de súplicas a Nossa Senhora das Dores.
Através de uma pequena procissão com Nossa Senhora das Dores que saiu de uma comunidade em direção a outra, nos recordamos do percurso de Maria para visitar sua prima Isabel, fato que nos motivou que também nós, devemos sair das nossas casas, sair da nossa tranquilidade, de nosso conforto e visitar as pessoas, com o coração cheio de solidariedade e a fraternidade, como Maria fez.
Segundo Padre Hideraldo “Nossa Senhora das Dores é aquela que também leva com suas dores, as dores de seu filho Jesus e as nossas dores, que somos seus filhos também”. Nosso pároco nos lembrou ainda que “que no Natal Maria torna-se mãe de Jesus, aos pês da Cruz ela torna-se nossa mãe e em Pentecostes ela torna-se mãe da Igreja”.
A cruz de Jesus, uma das dores de Maria, possivelmente a mais forte, é o instrumento da nossa salvação. Junto à cruz, ela recebe a missão de se tornar a mãe de todos os discípulos de Jesus Cristo. A Cruz e Maria estão unidos por um laço de amor que une uma mãe a seu filho, pois durante sua vida, Maria teve “outras cruzes”, outras dores que a prepararam para o momento da morte de seu filho, e outras ainda vieram depois desta.
A imagem da Virgem Dolorosa é representada através de seu semblante de sofrimento. Em seu coração, uma espada de dor transpassa seu peito, recordando a profecia de Simeão dita na apresentação do Menino Jesus no Templo. Aos pés da cruz, Maria é ferida pela maior dor para uma mãe: receber seu filho morto nos braços.
Como vemos as dores de Maria Santíssima são dores que nenhuma mãe precisava passar, mas é uma realidade no nosso tempo quando muitos jovens perdem a vida muitas das vezes por delitos ou pelas drogas. A procissão dessa terça-feira santa também é, portanto, uma continuidade da caminhada de um povo que sofre por uma política pública de qualidade que vai de encontro as suas necessidades.
Neste pedimos para todos os sofredores do mundo inteiro: rogai por nós, ó Mãe, porque não és apenas a Mãe das Dores, mas também a Senhora de todas as graças.
Pastoral da Comunicação – Pascom