Celebramos hoje a Solenidade de Corpus Christi que nos convida à manifestar nossa fé neste Sacramento que contém “todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (CIC § 1324).

A origem desta Festa é marcada por fatos muito interessantes. Em 1209, a monja agostiniana Juliana do Convento de Mont Cornillon na Bélgica, teve algumas visões nas quais Nosso Senhor Jesus pedia a instituição de uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Anos depois, ela confidenciou as visões a seu bispo que instituiu a Solenidade do Corpus Christi na sua Diocese.

Providencialmente, nessa época fazia parte da Diocese, o diácono Tiago Pantaleão de Troyes, que trinta e um anos depois, em 1264, foi eleito Papa (Urbano IV) e instituiu a Solenidade do Corpus Christi como festa de preceito para a Igreja universal. Na ocasião afirmou: “Embora a Eucaristia seja celebrada solenemente todos os dias, na nossa opinião é justo que, pelo menos uma vez por ano, se lhe reserve mais honra e solene memória”.

Além das experiências místicas da monja Juliana, outro fato que influenciou fortemente o Papa, foi o milagre eucarístico de Bolsena em 1263. Na ocasião, um sacerdote duvidou da presença real de Jesus na Eucaristia ao partir a Sagrada Hóstia na celebração eucarística, ela verteu sangue que encharcou o corporal diante de muitas testemunhas.

Neste dia, a Igreja presta à Eucaristia um culto público e solene de adoração, através da conhecida procissão de Corpus Christi. Entretanto, como nas demais solenidades que celebramos neste período de pandemia, continuaremos a evitar a aglomeração de pessoas.

Mesmo assim, este dia deve ser vivido em adoração. Nossos padres celebrarão a Eucaristia e a transmitirão ao vivo nos meios de comunicação. Não perca a oportunidade de fazer sua comunhão espiritual e manifestar sua fé na presença real de Jesus na Eucaristia, e sempre que puder diga: “Graças e louvores sejam dados a todo momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!”.