Nossas comunidades têm o habito de anunciar, durante a Santa Missa, as intenções pelas quais será celebrada a Eucaristia.
As pessoas procuram o sacerdote ou a equipe litúrgica da comunidade e solicitam que a Missa, seja celebrada numa determinada intenção: por alma de um falecido, ou em ação de graças por um aniversariante, ou pelo sucesso de uma operação… e assim por diante.
A Missa, que é o sacrifício de Jesus na cruz, tem um valor espiritual infinito. Portanto, “rezar” a Missa por um falecido, por um doente ou em ação de graças é encomendar a oração mais poderosa que se pode oferecer.
Em princípio, tal costume não merece objeção. Porém, com frequência, acontecem desvios. Há pessoas que “encomendam” a missa, mas, não se envolvem, não se interessam pessoalmente pela celebração, imaginam que sua própria participação na oração não é nem mesmo necessária, pois o efeito do sacramento depende apenas do ministro ordenado. Se foi registrada a intenção o efeito seria automático.
Qual a maneira correta de colocar as intenções?
Cada membro da assembleia pode e deve participar ativamente na Missa. A intenção que foi encomendada deve estar, em primeiro lugar, dentro do nosso próprio coração. Mais importante e mais relevante que a leitura da lista de intenções durante a Missa, muitas vezes extensa e monótona, é estar consciente de que podemos nos unir com Jesus que se oferece no sacrifício do altar, colocando mentalmente nossas intenções.
Pelo que podemos perceber a gente desperdiça essas excelentes oportunidades de colocar bem dentro do Coração de Jesus as nossas intenções, aquelas que de fato podem brotar do nosso próprio coração. “Mandar celebrar Missa”, o que relativamente é muito fácil, e depois não participar devidamente e conscientemente da Eucaristia acaba sendo incoerente.
Cleiton Marcos – Ministério de Acólitos
Adaptado do texto do Padre Marcio Canteli. Diocese de Bragança Paulista