O mês de julho é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, uma devoção que nos convida a meditar no sacrifício de Jesus no qual Ele derramou seu sangue para a salvação da humanidade. Como Cordeiro, Jesus expressa sua paixão por nós, com Seu Sangue, pois do Monte das Oliveiras até o Calvário, o que se vê é Seu Precioso Sangue se esvaindo de Seu Santo Corpo.
Meditamos também a presença do Preciosíssimo Sangue de Cristo não somente na contemplação da Paixão, mas também na Instituição da Eucaristia. Na Sua bondade, Nosso Senhor, não somente aspergiu o Seu Sangue sobre nós, mas nos dá dele para beber: “o meu sangue é verdadeira bebida” (Jo 6, 55).
Diante da sua importância, desde tempos remotos a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus está presente na Igreja, mas foi somente no século XIX que a vimos florescer, tanto que nesse tempo contamos com o testemunho luminoso de São Gaspar de Búfalo, que por sua dedicação em propagar a devoção, recebeu da Santa Sé o título de “Apóstolo do Preciosíssimo Sangue”.
Por ordem do Papa Bento XIV, foram compostos a Missa e o ofício em honra do Sangue adorável do Divino Salvador, em seguida o Papa Pio IX estendeu a festa litúrgica à Igreja universal e mais tarde Pio XI, elevou a festa a rito duplo de primeira classe, “a fim de que, pela acrescida solenidade litúrgica, mais intensa se tornasse a própria devoção, e mais copiosos se entornassem sobre os homens os frutos do Sangue redentor”, escreveu o Papa São João XXIII na Carta Apostólica sobre o Culto do Preciosíssimo Sangue.
Ao nos falar dessa devoção, São João XXIII nos conscientiza: “não só é conveniente, mas é também sumamente justo que a ele sejam tributadas homenagens de adoração e de amorosa gratidão por parte de todos os que foram regenerados nas suas ondas salutares”.
Nessa motivação, aproveitemos o mês de julho para nos aprofundar na devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo e também nos tornar propagadores desta extraordinária e fecunda prática da piedade cristã.