Depois de 40 dias de preparação, chegamos com alegria ao Grande Domingo, à Solenidade da Páscoa do Senhor. Cristo ressuscitou, aleluia! O Evangelho de hoje nos traz a narrativa da ressurreição pelo olhar do discípulo amado, que juntamente com Maria Madalena e Pedro, testemunhou esta graça.
São João conta-nos que eles foram ao sepulcro do Cristo mas não encontraram, o túmulo estava vazio. Contudo, ao entrar neste lugar o discípulo amado “viu e acreditou”. Constatou como nos diz o Catecismo da Igreja Católica que “pelo estado do sepulcro vazio, que a ausência do corpo de Jesus não poderia ser obra humana e que Jesus não havia simplesmente retomado a Vida terrestre, como tinha sido o caso de Lázaro” (§ 640).
Não tinham detalhes que como Jesus saiu da mansão dos mortos, mas tinham fé que a morte não era páreo para Aquele que é o Senhor da Vida. A fé os fez, e nos faz também, participar do mistério da Ressurreição do Senhor, da comemoração de Sua vitória sobre a morte, e é por isso que a Igreja considera o dia de hoje, a Festa das Festas, a Solenidade das Solenidades.
Transbordantes de alegria pascal, compartilhamos do mesmo sorriso de São João ao ver os panos no chão, da sua convicção que Cristo ressuscitou. Essa é a substância da felicidade dos santos e dos anjos, acreditar que o Ressuscitado que passou pela cruz, imolado não morre mais, e que além de permanecer conosco até o fim dos tempos, com sua passagem nos abriu as portas da eternidade.
Cristo ressuscitado caminha à nossa frente para os novos céus e a nova terra, “onde não há luto, nem choro, nem dor” (Ap 21, 4). Enquanto não chega essa hora, nos orientou o Papa Emérito Bento XVI: “Sigamos as suas pegadas, neste mundo ferido, cantando o aleluia. No nosso coração, há alegria e sofrimento; na nossa face, sorrisos e lágrimas. A nossa realidade terrena é assim. Mas Cristo ressuscitou, está vivo e caminha conosco. Por isso, cantamos e caminhamos, fiéis ao nosso compromisso neste mundo, com o olhar voltado para o Céu”.