No oitavo domingo dos cinquenta dias pascais, celebra-se a efusão do Espírito Santo sobre a Igreja. O significado deste domingo nos é dado pelo prefacio do Missal Romano:
“Hoje se completou o mistério pascal e sobre aqueles que fez filhos de adoção em Cristo teu Filho, efundiu o Espírito Santo, que na Igreja nascente revelou a todos os povos o mistério escondido nos séculos e reuniu todas as línguas da família humana em uma profissão de uma única fé”.
O Pentecostes cristão não é a festa do Espírito Santo, entendido como Pessoa Divina em si mesma, mas a celebração de um acontecimento de salvação, ou seja, de uma das tantas intervenções de Deus, que na realização do plano da salvação decidem em modo único e definitivo das coisas do mundo. Este evento consiste sobretudo no dom do Espírito Santo.
Para entendermos o verdadeiro sentido da Solenidade de Pentecostes, precisamos partir do texto bíblico que nos apresenta na narração:
“Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se. Residiam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu. Quando ouviram o ruído, reuniu-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At, 2, 1-6).
Essa passagem bíblica apresenta o novo curso da obra de Deus, fundamentada na Ressurreição de Cristo, obra que envolve o homem, a história e o cosmos.
O Catecismo da Igreja Católica ainda diz que:
“No dia de Pentecostes, a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731).
Cleiton Marcos
Ministério de Acólitos