Hoje, 11 de julho, a Igreja celebra a memória de São Bento, Patrono da Europa, pai da vida monástica, fundador dos beneditinos. Nascido em Núrsia, na Itália, no ano de 480, Bento era filho de uma família nobre e tinha uma irmã gêmea, Escolástica, que também foi canonizada. Como bem nos conta São Gregório Magno, o maior biógrafo de São Bento, este decepcionado com a decadência moral em que muitos se afundavam e receoso que caísse no mesmo abismo, abandonou tudo e retirou-se para uma gruta de difícil acesso a fim de viver em oração e sacrifício como eremita.
Neste lugar São Bento viveu três anos até que foi descoberto. Ao perceberem sua grande sabedoria e até presenciarem prodígios, muitos afluíam ao local em busca de conselhos e orações. Conhecido por essas virtudes, logo o elegeram abade de um mosteiro e muitos ajuntaram-se a ele.
Apesar dessa fecundidade vocacional, não lhe faltaram batalhas. Incomodados por sua estrita obediência, alguns monges deram um vinho envenenado a São Bento, mas ao fazer o sinal da cruz sobre a taça, ela partiu-se. Tempos depois, sofreu outro atentado, desta vez um sacerdote que o invejava lhe deu um pão envenenado, mas São Bento percebeu a nova cilada e entregou o pão a um corvo que imediatamente voou levando o pão para longe.
Em ambos casos, vale destacar a importância do dom do discernimento dos espíritos que São Bento possuía. Graças a este dom, o santo conseguia perceber nos outros e também em si, o que era de Deus, o que era da natureza ou do maligno. Tal graça, também pode ser contemplada em muitos trechos da vida de Jesus, como por exemplo, na Tentação do Deserto (Lc 4,1-13), quando Jesus discerniu que as sugestões que lhe vinham, não eram de Deus, mas do maligno para estragar o plano da salvação.
Neste dia, peçamos sua intercessão, para que também sejamos fiéis a vida de oração, obedientes, e que a nós também seja concedida a graça de ter visão espiritual, sobre nós e o mundo que nos cerca.
São Bento, rogai por nós!