Celebramos hoje, 27 de setembro, a memória de um santo, que deixou como herança para a Igreja grandes fundações caritativas, cujo corpo, após 52 anos da sua morte, foi encontrado incorrupto e se encontra exposto numa capela em sua honra em Paris, seu nome é São Vicente de Paulo.
Natural da aldeia de Pooy, no sul da França, Vicente era um dos seis filhos de uma família simples e muito religiosa. Desde pequeno já ajudava sua família na lavoura e no pastoreio de ovelhas e porcos, o que fazia sempre em oração. Após ter feito estudos básicos no Colégio dos Padres Franciscanos, em Dax, seguiu para Universidade de Toulouse, onde estudou teologia. Ordenado sacerdote aos dezenove anos, em 23 de setembro de 1600, recebeu 4 anos mais tarde, o título de Doutor em Teologia.
Certo dia, ao retornar de uma viagem à Marselha onde tinha ido receber uma grande importância em dinheiro como herança, o navio em que estava foi atacado por piratas turcos que além de roubá-lo, o venderam como escravo na Turquia para um pescador, depois para um químico e por fim para um fazendeiro que se tornara muçulmano, por medo da escravidão. Este, ao conhecer Vicente se arrependeu de ter negado a fé católica e partiu com ele para a França para poder viver sua fé.
Em Avinhão, o Vice-Legado do Papa, concedeu a Vicente voltar à condição de padre e ao fazendeiro retornar à fé católica. Depois convidou-os para uma viagem à Roma, onde Padre Vicente cursou Direito Canônico e o fazendeiro se tornou monge. De volta à França, foi indicado pelo Rei para ser o capelão da rainha, aquele que distribuía esmolas para os pobres que rodeavam o castelo e visitava os doentes no Hospital da Caridade no nome dela. Depois de um tempo, se tornou vigário de Clichy, subúrbio de Paris, onde fez um grande trabalho de conscientização sobre a importância da Santa Missa e posteriormente, sobre a necessidade de confissão. Tantos eram os que queriam confessar, que ele teve que arrumar outros padres para lhe ajudar.
Em 1618, com a ajuda da senhora De Gondi, fundou a Congregação das Missões e a Confraria da Caridade, voltadas para a evangelização dos camponeses e assistência espiritual e corporal aos pobres. Dois anos depois, em Folevile, fundou também uma Confraria de Caridade para homens. Para sua alegria, ambas fundações foram reconhecidas em 1633, pelo Papa Urbano VIII.
Com um testemunho luminoso de vida, aos 79 anos São Vicente partiu rumo à eternidade, deixando-nos um exemplo de dedicação as crianças, pobres e idosos abandonados. Canonizado dezessete anos após a sua morte, e em 1885 foi declarado pelo Papa Leão XIII, o patrono das obras de caridade da Igreja Católica Apostólica Romana.