Celebramos neste dia a Solenidade da Ascensão do Senhor, comemorada 40 dias após a Ressurreição de Cristo. Nesta ocasião, a Igreja nos convida a termos os olhos postos no Céu, nossa Pátria definitiva.
Por vezes, diante da necessidade de conquistas, muitas vezes pousamos nosso olhar nas coisas terrenas. Nos desgastamos e dedicamo-nos na busca de certificados, relacionamentos, bens materiais, e neles colocamos o sentido da vida, o que é um perigo, pois a mera ameaça a um desses objetivos é o bastante para nos desestabilizar.
Ao contrário, a Solenidade deste dia nos coloca diante da vida do Cristo, especialmente no fato que Sua trajetória terrena culmina na Sua subida aos céus, na Sua ascensão. Seu “êxodo” nos convida a também desejarmos ardentemente a subir aos céus, a nos empenharmos para alcançar a meta de entrar na glória de Deus.
Entretanto, é preciso recordar que “o servo não é maior que o seu senhor” e o caminho para Jerusalém Celeste, também para nós passa pela cruz. Você sabe “onde a cruz” vem ao seu encontro em sua vida? É justamente nessa hora que precisamos imitar Jesus, carregá-la com amor, na certeza e esperança de que depois da cruz vem a ressurreição e depois da ressurreição, o céu nos aguarda.
Um grande pregador certa vez propôs: “Não carreguemos o peso da cruz, mas o poder da cruz”. Olhemos para ela como nosso ingresso para o Paraíso e tudo ficará mais suave, pois isso é o resultado de contemplarmos o Crucificado, Suas adversidades e Sua cruz em comparação com a nossa. Certamente seremos fortalecidos!
Portanto, como reza a liturgia eucarística: Corações ao alto! Imitemos os santos cujos corações estavam acima de tudo quanto é caduco e perecível. Desejemos o convívio dos eleitos. Em unidade com toda a Igreja rezemos: “Ó Deus todo poderoso, a Ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros do seu corpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória”.