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Palavra do Padre
ALOISIO VIEIRA

MÊS DE agosto de 2025
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As 5 maiores leis do mundo – 1ª Lei

Alguns seres humanos gostam de classificar tudo e gostam de descobrir as coisas que são universais, estabelecer padrões. Isto é bom, pois nos ajudam a conhecer a humanidade e saber para onde estamos indo, mesmo que inconscientemente. Deparei-me com as cinco maiores leis do mundo, compiladas por alguém, e resolvi conversar com você, que está lendo esta matéria, sobre cada uma delas, dentro do campo religioso.

Vamos revelando cada uma delas à medida em que refletimos, neste e nas próximas edições.

A primeira é a chamada Lei de Murphy, que diz o seguinte: “Quanto mais medo você tem de algo, mais provável é que aconteça”. Muitas pessoas conhecem esta lei e a citam, outros não conhecem, mas a citam mesmo assim.

O medo é importante em nossa vida, pois não nos deixa arriscar demais. O medo não é um mau ou um bem, assim como a curiosidade, a autoestima etc. são contributos que podem nos ajudar ou podem nos prejudicar. Nos ajudam, na medida certa, na autopreservação e no desenvolvimento pessoal. A falta do medo nos faz correr riscos demais, nos prejudicando seriamente ou até mesmo nos fazendo perder a vida. O medo exagerado nos aprisiona em nós mesmos, nos acorrenta, nos isola, não nos deixa viver, nos adoece, nos embota.

O medo exacerba as nossas preocupações e ofusca a fé em Deus, permitindo que situações imaginadas se tornem gigantes em nossas mentes. A Bíblia nos lembra continuamente que não devemos temer, quando estamos nos caminhos de Deus. Em Jó 3,25, lemos: “Todos os meus temores se realizam, e aquilo que me dá medo vem atingir-me.” Esse versículo reforça como a ansiedade e o receio podem abrir caminhos para que as coisas que tememos dominem nossos pensamentos e, eventualmente, nossas realidades. Em vez disso, somos chamados a confiar na providência divina e no amor perfeito de Deus, que expulsa todo medo. Em 1Jo.4,18 lemos: “No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor.” Para os cristãos, o convite é claro: superar o medo com fé e oração, buscando a paz que vem de Deus. Portanto, quando nos deparamos com os medos da vida, precisamos questionar em quem realmente confiamos. Jesus nos exorta em João 14,27: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” A fé, a vivência do Evangelho e a obediência aos mandamentos da Lei de Deus nos dá a paz, que vem de Nosso Senhor Jesus Cristo, e esta paz mantém o medo humano em seus limites, tornando-o benéfico. Não há medo em relação a Deus ou em relação a prática do Evangelho ou na obediência aos mandamentos do Senhor. O medo, a que me refiro, para aqueles que tem fé vivida, testemunhada, é o medo que autopreserva, que ajuda na autoestima.

Essa paz não é a ausência de problemas, mas a tranquilidade de saber que Deus está no controle, mesmo quando os desafios chegam. Em vez de temer o pior, devemos elevar nossos olhos ao céu, confiando plenamente que Cristo pode transformar nossos receios e nos conduzir pelo caminho da coragem e esperança.

Na vida espiritual, o medo é frequentemente um instrumento do inimigo para nos afastar de Deus. Quando vivemos com medo excessivo, seja do fracasso, do futuro ou de circunstâncias difíceis, nossa confiança em Deus é testada. A lei de Murphy, nos ensina que precisamos combater a ansiedade com a fé. Jesus nos diz em Mateus 6,34: “Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” Superar o medo é essencial para que possamos ter uma relação íntima com Deus.

O medo nos paralisa e impede que respondamos ao chamado de Cristo. Um exemplo espiritual pode ser o medo de perdoar ou de nos aproximarmos mais de Deus por conta do peso do pecado. No entanto, Deus nos convida a confiar em Sua misericórdia e amor, como lemos em Isaías 41,10: “nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com minha destra vitoriosa.” A vida espiritual se aprofunda quando, em lugar do medo, escolhemos a coragem que vem do Espírito Santo.

Vou dar um exemplo: Ana, uma mãe católica, está constantemente preocupada que algo ruim aconteça aos seus filhos. Esse medo a leva a ser superprotetora e a tomar decisões impulsivas para “evitar problemas”. No entanto, por estar sempre alerta ao que pode dar errado, ela transmite insegurança para seus filhos, prejudicando o desenvolvimento emocional deles. Essa situação reflete o ensinamento de Jó 3:25, que mencionamos acima, onde o temor pode moldar negativamente nossa realidade.

Mês que vem trataremos da segunda lei.

Pe. Aloísio Vieira