Sempre digo que a pessoa não é fruto do meio onde vive, que não é reflexo do contexto onde está inserido. Um exemplo: a maioria dos assaltantes vem da pobreza, das condições indignas de vida na qual estão inseridos; então, a pobreza gera os assaltantes, acabe com a pobreza e estará acabando com os assaltantes. Isto não é totalmente verdade, pois a maioria esmagadora dos pobres não é assaltante. Então, deve haver outra coisa que, combinada com a pobreza, gera o assaltante. Também devemos ressaltar que a pobreza, em si, não é causa determinante para o surgimento do assaltante, uma vez que há assaltante que não vem da pobreza. Em outras palavras, ligar, de forma causal, a pobreza ao assalto é uma falácia, um engano. Mas, muita gente engole esta, mesmo gente dita “estudada” vai nesta vibe.
O ser humano é livre, entre aspas, para escolher entre o bem e o mal. “Tomo hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade, amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a Ele. Porque é esta a tua vida e a longevidade dos teus dias na terra que o Senhor jurou dar a Abraão, Isaac e Jacó, teus pais.” (Dt.30,19-20) Digo entre aspas porque o meio, o contexto, não é determinante do que a pessoa vai ser ou não, mas é um influenciador poderoso.
A pessoa reage ao contexto, no qual está inserido. Esta reação pode ser irracional ou racional. Um exemplo: você vive entre pessoas, onde a maioria é adúltera. Você vai reagir irracionalmente, isto é, vai ser uma pessoa adúltera também, dizendo que é normal ser assim, pois a maioria faz isto? Ou vai reagir racionalmente, isto é, refletindo sobre o valor da fidelidade e o contra valor da infidelidade, chegando, certamente, à conclusão de que a fidelidade é um valor precioso, do qual não se deve abrir mão? Vai resistir à tentação da infidelidade matrimonial? Digo ‘tentação’ porque ninguém acha errado; todo mundo, naquela realidade, acha que é normal. Vai seguir a correnteza, ser irracional, deixar que o contexto dirija a sua vida, mesmo sabendo que é errado? Ou vai nadar contra a correnteza, ser racional, dirigindo você mesmo a sua vida, dando testemunho de sua fé, sendo profeta, isto é, denunciando, com sua vida, o que está errado e mostrando, com sua vida, o que é certo. Isto e é ser sal, luz e fermento, que Nosso Senhor Jesus Cristo nos manda ser. Lembre-se que Ele foi tentado durante 40 dias e 40 noites, no deserto. (Mc.1,12-13)
Depois desta reflexão, vamos ver os cinco conselhos do pastor Billy Graham aos jovens, mas que servem para todos. Os comentários são meus.
Primeiro, evite más companhias, pois se você andar com maus elementos, ficará dominado por eles. A Palavra de Deus nos diz: “Quem visita os sábios torna-se sábio; quem se faz amigo dos insensatos perde-se.” (Pr,13,20) “Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores.” (Sl.1,1) “Não vos deixeis enganar: ‘Más companhias corrompem bons costumes’”. (1Cor.15,33)
Segundo, evite o segundo olhar para as coisas pecaminosas, pois se você não pode controlar o primeiro, pode evitar o segundo, que se torna a cobiça. Não se esqueça, a cobiça com os olhos.
Terceiro, discipline suas conversas, evitando piadas e conversas, com sentido duvidoso. As más conversações corrompem os bons costumes.
Quarto conselho, tenha cuidado com a maneira de se vestir. Você deve se vestir para a glória de Deus, evitando a prática da sensualidade, que deve ser restrita somente dentro do casamento.
Quinto, escolha cuidadosamente o que assistir (os filmes, os programas de televisão etc.) e as músicas que ouve, pois existem filmes, programas de televisão e músicas que todo cristão deve evitar, passando pelo crivo das Escrituras.
Não adianta rezar, na oração do Pai Nosso, “não nos deixeis cair em tentação” se vivemos flertando com ela. É necessário que façamos a nossa parte.
Desejo a você uma boa reflexão.
Pe. Aloísio Vieira