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Palavra do Padre
ALOISIO VIEIRA

MÊS DE dezembro de 2022
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O que você chama de comunidade de Igreja – parte 01

Nos dias de hoje a palavra ‘comunidade’ passou a ser usada em diversos ambientes ou modalidades de atividade humana. É comum ouvir falar em ‘comunidade futebolística’, comunidade do Bairro’, ‘comunidade política’, ‘comunidade escolar’, ‘comunidade da Igreja Católica’ etc. E não é usurpação do termo, pois a comunidade humana tem diversos grupos, em seu bojo, que também são comunidade. Mas o que é, então, comunidade?

Segundo o dicionário virtual Michaelis, a palavra ‘comunidade’ é um substantivo feminino que designa qualidade ou estado daquilo que é comum a diversos indivíduos, grupo de pessoas que vivem em comum e cujos recursos materiais pertencem a todos, conjunto de pessoas que vivem numa mesma região, com o mesmo governo, e que partilham as mesmas tradições históricas e/ou culturais. Sociologicamente é a população que vive em determinado local ou região, ligada por interesses comuns.

Podemos dizer que ‘comunidade’ é qualquer conjunto de indivíduos ligados por interesses comuns (culturais, econômicos, políticos, religiosos etc.) que se associam com frequência ou vivem em conjunto. É um grupo de pessoas com características comuns, inseridas numa sociedade maior que não compartilha de suas características básicas; sociedade.

Estas comunidades não são excludentes, caso contrário quebrariam a unidade da sociedade maior à qual todos fazem parte. Por exemplo, a sociedade brasileira comporta dentro de si várias comunidades e todas elas precisam comungar da mesma estrutura, cultura etc., caso contrário haveria ruptura que resultaria em guerra e até a divisão em Países menores. É por isto que dentro de uma ‘comunidade’ há pessoas que compõem outras comunidades, como por exemplo, dentro da comunidade dos torcedores do Atlético Mineiro tem gente das mais diversas comunidades de Bairro, tem gente das mais diversas comunidades acadêmicas, tem gente das mais diversas comunidades políticas, tem gente das mais diversas comunidades religiosas etc.

No caso da ‘comunidade da Igreja Católica’ é a mesma coisa. Tem atleticano, cruzeirense, americano, flamenguista, corintiano, vascaíno etc.; tem gente de diversas comunidades de Bairro; tem de diversas comunidades políticas, tem gente de diversas comunidades acadêmicas etc. O que une a ‘comunidade da Igreja Católica’ são: a Bíblia Católica, a tradição da Igreja, Magistério Oficial da Igreja, a Doutrina da Igreja e a Hierarquia da Igreja (com o seu ponto central no ocupante legítimo da Cadeira de Pedro, o Papa). Se você, que se considera Católico Apostólico Romano, não se submete, pela obediência, a todos estes pontos basilares da Igreja, você não é Católico Apostólico Romano. Não importa o que você diga sobre você mesmo. Estes pontos basilares não estão em discussão e não são opcionais e/ou negociáveis.

Alguém poderia dizer ‘mas isto é ditadura, onde está a liberdade’? A sua liberdade está em ser Católico Apostólico Romano ou não. Uma vez que é Católico Apostólico Romano deve, de forma sine qua non, acatar isto, sob pena de não ser mais Católico Apostólico Romano. Imagine um atleticano que torce, incentiva e trabalha para o Cruzeiro ser campeão e não faz isto pelo Atlético ou não torce, não incentiva e não trabalha para o Atlético seja campeão. Esta pessoa não é atleticana.

O próprio Jesus Cristo agiu assim. “14Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. 15Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. 17O que vos mando é que vos ameis uns aos outros.” 18“Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. 19Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia.” (Jo.15,14-19). “30Eu e o Pai somos um”. (jo.10,30). “34Disse-lhes Jesus: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra.” (Jo.4,34). “45e aquele que me vê, vê aquele que me enviou.” (Jo.12,45). “24Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. 25Porque aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, irá recobrá-la.” (Mt.16,24-25). Em outras palavras, Jesus se submete, pela obediência, ao Pai: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra.” Da mesma forma, pela obediência, devemos nos submeter a Ele: “14Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando”.

Na segunda parte deste artigo, que está logo abaixo, vamos retomar o tema. Que Jesus esteja presente em sua vida, despertando você para a participação na comunidade, atuando em alguma pastoral, para o bem da comunidade e do Reino de Deus.

Pe. Aloísio