Uma parte importante das tradições católicas natalinas é o presépio, um gesto que muito nos ajuda na espiritualidade do Natal pois retrata a cena do nascimento do Senhor. Do latim “praesaepe”, a palavra presépio significa estrebaria ou curral e nos remete ao lugar onde nasceu o Menino Jesus. A primeira representação do presépio foi em 1223 na Itália por São Francisco de Assis, a fim de relembrar a cena da natividade de Jesus e facilitar sua compreensão.
Contudo, na representação do presépio, não somente podemos compreender melhor o nascimento de Jesus, mas também rezar com cada figura. A partir da manjedoura e dos animais presentes, podemos na oração esmerar a simplicidade de Nosso Senhor que não se prevaleceu de Sua condição, mas com humildade veio ao mundo na pobreza de um estábulo. Já com o Anjo lemos a inscrição “Gloria in excelsis Deo”, que significa “Glória a Deus nas alturas”, e com ele louvamos por tamanha graça que é a encarnação do Verbo de Deus.
Com os Reis Magos, homens da ciência, reconhecemos Àquele que é o Sumo Bem ao qual todo o conhecimento deve prestar reverência, e nos presentes que eles deram ao Menino, também somos inspirados a sempre dar o nosso melhor à Jesus. Por meio de São José, também desejamos nos abrir aos sonhos de Deus e com Maria aprendemos a confiar, pois não há quem diga um “sim” à vontade divina e seja infeliz.
Por fim, com o Menino Jesus, somos convidados a viver em júbilo por ter encontrado Aquele que foi esperado pelos patriarcas e predito pelos profetas: “um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz” (Is 9, 5). Celebremos, Ele está para chegar!