Hoje, 27 de junho, a Igreja nos convida a celebrar a memória de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, um dos muitos títulos de nossa Mãe do Céu.

Esta devoção nos remete a um ícone datado do século XII, que apesar de ser de origem desconhecida é venerado desde 1499 em Roma. Com as muitas graças alcançadas diante dele, em 1866, o Papa Pio IX confiou o ícone aos padres redentoristas para que divulgassem essa devoção.

Vale ressaltar que dá-se o nome de “ícone” a uma pintura que é carregada de significados sagrados e leva seu observador à oração, e com o ícone do Perpétuo Socorro não é diferente.

Pintado em estilo bizantino, o ícone retrata a Virgem Maria com um véu azul, símbolo de sua perpétua virgindade, carregando nos braços o Menino Jesus, mas nas proporções de um recém-nascido, a fim de simbolizar a plenitude de sabedoria que Cristo. Outro detalhe expressivo deste ícone é a mão direita da Virgem, que aponta para Jesus que o Caminho, a Verdade e a Vida.

Nota-se também que por baixo do véu de Maria há uma túnica vermelha que simboliza a Paixão que aquele Menino passará e para tanto, nos cantos superiores esquerdo e direito vemos, se tem São Miguel, com a lança e a esponja, e São Gabriel, com a cruz e os cravos, símbolos da Paixão.

A tradição nos diz que o Menino assustado com esses instrumentos, se refugia no colo de sua mãe. Suas mãos seguram nas mãos de Maria, nos apontando o gesto de confiança do Filho que se apoia na Mãe. Por sua vez, Nossa Senhora se apresenta coroada como Rainha, mas com um semblante resignado. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós, e sua mão direita nos aponta Jesus, o Perpétuo Socorro.

Diante dessa riqueza de significados, não como não desejar também seguir o exemplo de Jesus e a nos refugiar nos seguros braços da Mãe. Corramos para seu colo, confiemos nossos medos e aflições à ela. Se o Pai, na sua onipotência, confiou Seu Filho à Maria, também nós, podemos nos confiar a ela.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós.