Celebramos hoje, 22 de maio, a memória de Santa Rita de Cássia. Filha única do casal Antonio e Amata, Rita nasceu em Roccaporena na Itália em 1381. Educada nos valores religiosos, Rita viveu fielmente a obediência, e por ela aceitou que seus pais lhe arranjassem um casamento. Já de idade avançada, desejosos de não deixarem a filha desamparada, escolheram para ela o jovem Paulo Fernando Mancini, que pertencia a família rica e poderosa.
Apesar de ser correspondida pelo cavaleiro, sua vida se tornou um inferno. Paulo tinha hábitos boêmios, violentos e sempre estava envolvido em brigas. Rita orou incessantemente até que um dia viu o milagre da mudança do marido e então viveram um tempo feliz até Paulo ser assassinado.
Com isso, seu sofrimento passou a ser conter os filhos para não seguir o caminho da família do pai. Para protegê-los de se tornarem criminosos, enviou-lhes para um convento distante, onde se contaminaram por lepra e faleceram. Viúva e sem os filhos, Rita enfrentou muitas dificuldades. Quis ingressar no mosteiro das Agostinianas, mas estas só aceitavam jovens solteiras. Depois de muito sofrer, certa noite, após uma experiência mística, acordou dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Diante desse prodígio, as freiras a aceitaram na Congregação, onde viveu mais 40 anos.
Dentre os fatos extraordinários de sua biografia, conta-se que certa vez num inverno rigoroso, uma amiga a perguntou se queria algo de sua antiga casa, e Santa Rita já enferma, a pediu uma rosa e dois figos. Grande foi sua surpresa ao encontrar em meio a neve e cobertos de gelo, uma linda rosa e os figos já maduros. Vale recordar também que a santa também carregou com resignação por 14 anos um estigma na testa que doía e lhe constrangia devido ao mal odor. Curiosamente, este após sua morte, passou a exalar um delicioso perfume.
Espantosamente, 170 anos após sua morte, seu corpo foi encontrado incorrupto, e ainda hoje pode ser venerado no Santuário de Cássia na Itália.
Santa Rita de Cássia, rogai por nós!