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08/05 Seminário Regional de Meio Ambiente é Realizado em Ipatinga
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A Paróquia Cristo Libertador em Ipatinga (MG) acolheu no domingo, 5 de maio de 2019, o 3º Seminário de Meio Ambiente da Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano, organizado pela Comissão de Meio Ambiente da Região Pastoral 3. O mesmo aconteceu de 8 às 16 horas, no Salão Pastoral São Judas Tadeu.

O Seminário reuniu cerca de 50 pessoas, lideranças da Região Pastoral III representantes de pastorais, movimentos e serviços, Cáritas Diocesanas, bem como sindicatos, associações e entidades em defesa do meio ambiente. Presença dos padres: Aguinaldo Luiz, assessor regional da Comissão de Meio ambiente, Emanuel Cordeiro Costa, Administrador Paroquial da Paróquia Cristo Libertador, Pascifal José do Nascimento, Vigário Episcopal da Região Pastoral 3 e Pe. Ronaldo Torre, assessor diocesano de catequese.

No processo de preparação para 4ª Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce, promovido pela Comissão de Meio Ambiente da Diocese de Itabira Coronel – Fabriciano, parte integrante da Comissão de Meio Ambiente da Província Eclesiástica de Mariana e do Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce, este seminário fecha o ciclo proposto pela equipe articuladora da Romaria com o objetivo de “Animar e motivar lideranças e o povo em geral para refletir sobre a temática da Romaria à luz da Teologia e a Bíblia”.

A parte da manhã contou com a assessoria da Teca, Maria Teresa Viana de Freitas Corujo, pedagoga, educadora ambiental, conselheira do COPAM e membro do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela. Teca que é todo coração quando se trata da preservação do que restou das águas e serras dos territórios já gravemente explorados pela mineração, expôs o quadro de destruição e horrores provocado pela mineração predatória em Minas Gerais, que estão causando um colapso nas condições de vida do povo, dos biomas, matando os rios e espalhando terror psicológico sobre milhares de famílias que moram abaixo de barragens de lama tóxica das mineradoras. Trouxe muitos esclarecimentos e embasamentos legais sobre a mineração. Explicou a Lei 23.291, de 2019, que institui a Política Estadual de Segurança de Barragens e determina a erradicação das barragens construídas pelo método de alteamento a montante no Estado de Minas Gerais. Fica evidente que é forte a fragilidade do poder público, nos governos tanto federal, como estaduais e municipais, e que apesar de que no início, houve denúncias e inquietação, muitos atualmente consideram que a Vale como uma empresa contra a qual não se pode fazer nada. Há uma ausência do Estado como coordenador e ator para garantir direitos, e uma postura de submissão ao interesse das mineradoras.

À tarde a Camila do Movimento dos Atingidos por Barragens relatou o trabalho de enfrentamento e acompanhamento do MAB em todos os crimes ambientais, e enfatizou o crime da Vale em Brumadinho, uma vez continua a agir conforme a Samarco em Mariana. Ela apontou que “muito impressiona a força e a liberdade da empresa em fazer o que bem entende, com violação de direitos e ocultação de informações”. Deu destaque também ao Gasômetro, principal preocupação de Ipatinga, hoje. Depois Viviane trouxe um aprofundamento sobre o ar e poluição atmosférica. O debate do gasômetro e medos da população.

Durante todo o encontro Pe. Mirim que vem assessorando o processo de construção da IV Romaria na mística e espiritualidade da mesma foi nos ajudando a rezar a dor e fortalecer a fé e esperança de alcançarmos a vitória nos mantendo unidos, pois “Tudo está interligado, como se fossemos um, tudo está interligado nesta casa comum”.

Ana Maria de Sena