Com grande alegria celebramos hoje a Solenidade de Pentecostes. Após Sua ressurreição, Jesus ficou com os discípulos quarenta dias, subiu aos céus, e dez dias depois enviou sobre eles o Espírito Santo, e assim cumpriu Sua promessa de que “rogaria ao Pai outro paráclito”, e que assim “Ele não nos deixaria órfãos (Jo 14,16 – 18).
Ao refletir sobre essa promessa (e o cumprimento) feita por Jesus, nos deparamos mais uma vez com Seu amor por nós. Entendemos por “órfão” aquele que perdeu alguém que lhe era muito querido ou que o amparava, o protegia, geralmente pai ou mãe. Na ocasião, diante da ascensão de Jesus, os discípulos estavam preocupados pois pensavam que ficariam sós e desprotegidos. Conhecendo-lhes, Jesus lhes promete um outro “Paráclito”, que significa advogado, consolador, ou seja, eles não ficariam desamparados.
Ao enviar o Espírito Santo sobre os discípulos, Nosso Senhor inaugurou uma presença extraordinária de Deus em meio a eles e também a nós, pois a vinda do Espírito Santo foi uma graça prometida não apenas aos cristãos dos primeiros séculos, mas ao povo de Deus através de todas as eras: “Ele ficará eternamente convosco” (Jo 14, 17).
Neste dia, cabe a todos nós uma urgente recordação seguida de um convite. O Espírito Santo é a presença de Deus em nosso meio, ou seja, precisamos crer que não estamos sós e desamparados. Os discípulos também experimentaram o medo, mas com o derramamento do Espírito Santo se tornaram capazes de atos heroicos em nome da fé.
Por isso te convidamos a clamar o Espírito Santo, a não o extinguir (1 Tes 5,19). Por causa da pandemia, muitos estão abatidos e de certa maneira até com o sentimento de ser “órfão”, de estar desprotegido, afinal não há lugar seguro. Ao contrário, nossa segurança vem do alto! É claro que não devemos ser imprudentes e desobedientes, mas não podemos viver debaixo do medo.
Que a Virgem Maria seja nosso grande modelo na intimidade com o Espírito Santo, para que também em nós, Ele faça maravilhas.